Plantas aquáticas


"A planta aquática, desde os brejos sombrios às correntes batidas de luz, desde os pântanos solitários aos paranás povoados, desde os aguaçais putrefatos às baías iluminadas, denuncia a profundidade, o sabor, a densidade, a fauna, a cor das massas líquidas. O tapuio sentado à proa de sua montaria ligeira, ladeado de ninféias, rodeado de gramíneas, sombreada de bombáceas sabe do fundo em que navega, do peixe que procura, das cobras que o espreitam. Adverte-o a flora circundante. O talo do caraná, o molho da pataqueira, o charão da vitória-régia, a copa da mamorana, o coração da aninga, a touceira do aturiá, a haste da palmeira representam a sonda da sua canoa. Em vez de mergulhar o prumo no líquido mergulha a vista na vegetação". Raimundo Morais (1872-1941). Na planície amazônica. 6. ed. 1960. p. 39.


Victoria amazonica
Revue horticole, serie 3, v. 1, p. 141, t. 8, 1847.
www.plantillustrations.org

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