A palmeira Jupati e suas folhas em forma de plumas


"Conservamo-nos hoje tão perto das margens, que quase pudemos contar as folhas das árvores, e tivemos excelente oportunidade para estudar as várias espécies de palmeiras. A princípio a mais frequente era a Açaí, porém agora se confunde no número das outras. A Miriti (Mauritia) é uma das mais belas, com seus cachos pendentes de frutos avermelhados e suas enormes folhas abertas, em forma de leque, cortadas em fitas, cada uma das quais, na opinião de Wallace, constituindo a carga de um homem. A Jupati (Rhaphia), com suas folhas em forma de plumas, às vezes de 40 a 50 pés de comprimento, parece, por causa do seu caule curto, brotar quase do solo. O seu porte, semelhando uma jarra, é particularmente gracioso e simétrico. A Buçu (Manicaria), com folhas rígidas e inteiriças, de 30 pés de comprimento, mais eretas e fechadas no seu modo de crescimento, e serrilhadas nos bordos. O  caule dessa palmeira é relativamente curto. As margens desse trecho do rio são geralmente ornadas por duas espécies vegetais, formando algumas vezes uma que muralha ao longo da praia; por exemplo, a Aninga (Arum), com suas folhas largas, cordiformes, em cima de grandes caules, e a Murici mais baixa, justamente à beira d´água". Luiz Agassiz (1807-1873) e Elizabeth Cary Agassiz (1822-1907). Viagem ao Brasil -1865-1866. 2000, p. 167.
 
 
 
Jupati (Raphia taedigera (Mart.) ).
L´Illustration horticole, v 13, t. 499, 1866. Desenho de P. Stroobant.
www.plantilustrations.com


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