Belém do Grão-Pará: A cidade vista pelos viajantes no século XIX.


"[...]. Por ser plano o território, apresenta-se ao espectador a cidade, como constando somente de duas filas de casas, e a proximidade da gigantesca mata virgem, que lhe forma o fundo, evidência como aqui a atividade construtora do homem, que só com esforço vence, detendo-a, a vegetação tropical. Do lado do mar, avistam-se, perto da margem e quase no meio das filas de casa, a Praça do Comércio e a Alfândega, atrás da qual surgem as duas torres da Igreja das Mercês. Mais para dentro, eleva-se a cúpula da Igreja de Santa Ana, e, na parte norte, termina a vista com o Convento dos Capuchinhos, de Santo Antônio na parte do extremo sul, o olhar repousa no Castelo e no Hospital Militar, a que se juntam o seminário Episcopal e a Catedral, esta com duas torres. Mais para o interior das terras, destaca-se naquele lado, o Palácio do Governo, edifício imponente, construído durante a administração do irmão do Marquês de Pombal. Porém, quando o recém-chegado entra na própria cidade, encontra mais do que prometia o aspecto exterior: sólidas, construídas, em sua maior parte, de pedras de cantaria, perfilam-se as casas em largas ruas, que se cortam em ângulos  retos, ou formam extensas praças. [...]." J. B. von Spix (1781-1826) e C. Fr. von Martius (1794-1868). Viagem pelo Brasil – 1817-1820. v.3, 1938, p. 15-16.
 
 
 
 
A Catedral de Belém
Desenho de Joseph Léon Righini (1820, Turim 1884, Belém ).
 

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