Viajantes: As garças brancas nos rios do Pantanal.


"É particularmente ao cair da tarde que mais empolgante se tornam as cenas da natureza para quem sobe os grandes rios do Pantanal. Bandos incontáveis de aves mergulhadoras e ribeirinhas acorrem de todos os lados, convergindo para a fronde das árvores mais altas, não raro, por este sacrifício, inteiramente despojadas de folhas. As de cada espécie preferem de ordinário a companhia de suas semelhantes, tingindo assim a ramagem de pontilhado uniforme. À passagem do barco, a multidão inquieta estremece, vacila e agita as asas, pronta a seguir o exemplo daquele que, mais prudente ou espantadiço ergue-se no ar, projetando nos céus claros a sua silhueta característica. As garças brancas [...], obedecendo o estilo de sua numerosa parentela dobram em S o longo pescoço, estiram as patas para trás em prolongamento à cauda curta, e fendem os ares em lento bater de asas, com o bico apontado para diante; [...]". Olivério Pinto. Notas de uma viagem fluvial a Cuiabá. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, v. 10, p. 336, 1949.
 
 
Garças
 Desenho de Ernst Lohse (1873-1930)
Álbum das aves amazônicas (1900-1906).


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