Viajantes: Os Rápidos (Corredeiras) na Amazônia.


"Na manhã de 22 de março reiniciamos a viagem com seis canoas, percorrendo dez quilômetros. Vinte minutos após a partida, encontramos a primeira série de rápidos. Aí todos nós tivemos de marchar a pé exceto os três melhores canoeiros, os quais despenderam uma hora na travessia das canoas, uma após outra. Neste meio tempo descobrimos uma casa de abelhas no tope de uma árvore inclinada sobre o rio; nossos timoneiros escalaram-na para retirar o mel, porém, infelizmente derramaram tudo no momento da descida. Deparou-se-nos, a seguir, uma pequena, mais forte queda d´água, a qual não tivemos coragem de vencer com nossas toscas e fracas embarcações super lotadas. Felizmente, foi-nos possível seguir por um canal profundo, que se estendia em desvio de um quilômetro, indo ter justamente abaixo da cachoeira, a cerca de cinquenta metros do seu ponto inicial.
Prosseguimos com as embarcações em marcha apenas durante hora e meia, pois que novamente encontramos outra série de rápidos que nos tomou mais seis horas de travessia e em cuja base acampamos. Toda a carga foi retirada das canoas que foram descidas uma de cada vez Em certo ponto mais difícil e perigoso empregaram-se cordas para evitar qualquer surpresa desagradável, mas mesmo assim, quase perdemos uma embarcação. [...]". Theodore Roosevelt (1858-1919). Nas selvas do Brasil. 1945, p. 263.
 
 
Um rápido (Corredeira) na Amazônia.
 Karl von den Steinen. 1942.
 
 
 


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